segunda-feira, 21 de julho de 2014

Sem título

Aqui dessa janela eu posso ver o mundo acabar
Sem mais tempo para mim
Me entrego e passo a imaginar
O quê me deixou assim?
Antes do impacto, consigo lembrar
Fui eu mesmo quem não conseguiu me salvar

Agora, à poucos metros do chão
Eu me despeço dessa existência superficial
Quando abro os olhos vejo a vida esvair de minhas mãos
Como pude suportar isso até o final?
Ecoa na minha mente o meu fracasso
Acordo e me vejo no mesmo espaço

Nada mudou

Eu

Eu preciso cuidar de todos
Mas quem cuidará de mim?
Eu preciso me importar com todos
Mas quem se importará comigo?



Papel

Vivemos personagens criados pelos nossos medos, baseados em argumentações superficiais para nos defender do desconhecido.